sábado, 11 de setembro de 2010




No dia 11 de setembro de 2001, o mundo mudou. A sensação de segurança dos EUA, gerada por um razoável período sem guerras de repercussão mundial, foi por água abaixo quando aviões foram lançados no World Trade Center e no Pentágono. Nos dias que se seguiram, Osama Bin Laden e sua Al-Qaeda foram oficialmente acusados pelos atentados. Por conseqüência, o governo norte-americano decidiu atacar e derrubar os governos do Afeganistão e do Iraque, em uma campanha conhecida como "Guerra ao Terrorismo".

Essa é a versão oficial. Para muitos, o que aconteceu foi muito diferente do que aparenta. Um dos principais acusadores da suposta farsa é o jornalista francês Thierry Meyssan, editor do site da rede Voltaire ( www.reseauvoltaire.net). Meyssan é autor do livro "11 de setembro de 2001 - Uma Terrível Farsa", que relata uma série de fatos que apontariam que os atentados foram orquestrados por membros do próprio governo americano.

Para quem não lembra, no início da manhã de 11 de setembro de 2001, uma terça-feira, dois aviões atingiram as torres de um dos edifícios mais altos do mundo, o World Trade Center. Em seguida, um outro avião atingiu o Pentágono, sede do Ministério da Defesa e do Comando das Forças Armadas dos Estados Unidos. Instantes depois, uma outra aeronave, supostamente seqüestrada por terroristas, caiu na Pensilvânia. Para agravar definitivamente a situação, ambas as torres do WTC ruíram, desabando sobre o centro de Nova York.

E é aí que começam as conspirações. Para algumas pessoas, o impacto dos aviões no prédio não seria suficiente para derrubar as torres. Segundo os conspirólogos de plantão, um sistema de implosão teria sido acionado para fazer com que o prédio viesse abaixo, evitando risco maior. O argumento, no entanto, é rebatido pelo arquiteto Rubens Ascoli Brandão, que detalhou a estrutura do prédio em sua tese de mestrado. Nela, Brandão explica um sistema de equilíbrio do conjunto que inclui uma mega-laje de 600 toneladas. Segundo ele, a própria estrutura do prédio colaborou para o seu colapso.

"Esse tipo de laje funciona como um contrapeso. Quando o prédio inclina para direita, esse sistema vai para a esquerda. É como se você parasse a vibração", explica Brandão. "Aquela laje ajudou no colapso pois adicionou muito peso diferencial. Carregaria muito mais as outras lajes e ruiria." Além disso, o sistema construtivo do WTC previa que a estrutura do edifício ficasse restrita ao entorno do prédio, sem pilares de travamento no centro. O resultado foi que, com o impacto, parte da estrutura foi rompida, sobrecarregando os demais pilares.

"O ponto mais resistente do prédio era a periferia, por causa do processo construtivo dele. Com um choque daqueles, a parte mais resistente no lado externo e com as lajes caindo umas sobre as outras, o efeito foi de uma implosão", detalha Brandão. "O WTC foi projetado para suportar um choque de um avião, mas de menor porte. O choque, inclusive, arrancou a proteção contra fogo da estrutura metálica. A estrutura ficou totalmente exposta e isso também enfraqueceu a estrutura", acrescenta a professora da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), Rosária Ono.

Os dois arquitetos rechaçam, de pronto, a possibilidade de um sistema de demolição do prédio, defendido por Meyssan em seu livro. "Absolutamente. Aquilo foi um efeito de causas tão diversas uma da outra que é impossível se prever. Manter um equipamento desses seria inviável. Ficaria o triplo do preço construir um prédio que se auto-destrói. Não foi o caso", descarta Brandão. "Prever esse tipo de evento ia inviabilizar o processo, porque traria um custo altíssimo. Terrorismo é algo que dificilmente pode se controlar", finaliza Rosária.

E os aviões?

Outro ponto, considerado central pelas pessoas que apontam possibilidades de conspiração nos atentados é a falta de habilidade dos terroristas. Segundo as teorias conspiratórias, pilotos recém-treinados não conseguiriam atingir um prédio com um avião do porte de um Boeing 767. Não é isso, no entanto, o que defende o coordenador do curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi-Morumbi, Edson Luiz Gaspar. Segundo ele, os simuladores de vôo atuais chegaram a tal nível de precisão que já são considerados válidos nas provas práticas para concessão de brevê.

"Existem simuladores de vôo de última geração, que são tão precisos e tem um índice de confiabilidade tão importante, que, inclusive, existem casos de pilotos que são avaliados no próprio simulador", explica Gaspar, que tem 11 anos de experiência na aviação. "Em um curso seguido do teste realizado no simulador de vôo, o piloto consegue cumprir todos os requisitos exigidos pela legislação. Se ele tivesse feito o treinamento em um simulador de vôo, teria plenas condições de acertar o prédio com o avião daquela maneira."

Meyssan, no entanto, lança uma teoria que conta com uma boa possibilidade de ser real. Segundo ele, uma antena emitindo um sinal para os aviões poderia servir de guia para os ataques, como nos casos de pouso por instrumentos. "Nesses casos, há uma antena que fica mandando sinal, estrategicamente colocada na pista. Na aeronave, o instrumento aponta para o local de onde vem o sinal e consegue fazer o pouso", destaca. "Em piloto automático, o avião pode ser guiado nesse sentido. Através de um sistema de GPs, você pode obter a coordenada geográfica precisa do prédio. Com essa informação, ele sintoniza na aeronave e encaminha a aeronave para essa coordenada."
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COPIADO DO DO LINK: http://universia.com.br/universitario/materia.jsp?materia=5825 ESCRITO POR : RENATO MARQUES.

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