domingo, 10 de outubro de 2010

ITALIANOS, SE RENDEM AO BRASIL...



Celso Paiva
Direto de Roma

O momento que o grupo de Bernardinho esperava chegou. Com uma equipe quase toda renovada em comparação ao último Mundial de Vôlei, a Seleção Brasileira tentará entrar para a história do torneio com três títulos consecutivos da competição, feito que igualaria à brilhante equipe da Itália da década de 90. De quebra, o time verde e amarelo ainda poderá ter o gostinho de conseguir atingir esta marca exatamente em solo italiano e na capital do país europeu.

Depois de uma vitória na base da pancadaria e movida por uma força acima do normal contra os anfitriões na semifinal, a Seleção chega para a decisão contra Cuba, sabendo que terá de mudar seu modo de jogar ou, como o técnico Bernardinho gosta de dizer, "terá de trocar o chip". Com uma preparo físico superior aos brasileiros, os caribenhos tem como pilares o forte bloqueio do meio de rede Simon e os ataques potentes da dupla Leon e Leal.

"O estilo é completamente diferente da Itália. O poder de ataque é impressionante, fisicamente são de outro planeta. Temos que controlar o jogo todo. temos que manter eles quietinhos, tranquilos", afirmou o ponteiro Dante. Os brasileiros sabem que terão que ter um jogo mais paciente e saber usar da sua habilidade para não repetir os mesmos erros que tiveram no primeiro duelo entre as duas equipes no Mundial, quando a Seleção acabou derrotada pelos cubanos por 3 a 2 na primeira fase.

"A gente vai ter que trabalhar a bola, não vai poder enfrentar o bloqueio deles, que é muito alto. tem que ter paciência, vai ser um jogo muito difícil. Vamos estudar eles e a linha é essa: não dar de presente os pontos enfrentando o bloqueio e deixar eles jogarem o jogo", disse o oposto Leandro Vissotto.

"Vamos ter que trabalhar muito mais o nosso passe, porque eles vão sacar muito forte. O jogo foi assim lá em Verona. Não podemos enfrentar o bloqueio deles, vai chegar um triplo muito pesado. O jogo contra a Sérvia hoje, eles acabaram fechando em um bloqueio. É (um time) muito físico, muito alto. Tem que acabar jogando com inteligência. Com o passe na mão talvez Cuba não seja tão forte como a Itália em armar o bloqueio. No um contra um eles são bons. Cabe a gente ter paciência e trabalhar a bola", completou o ponteiro Murilo.

Do lado cubano, o fato de encarar a Seleção na final agradou alguns jogadores, como o líbero Gutierrez. "Me agrada muito jogar com Brasil, sempre um jogo muito tenso, muito duro, todos jogando tudo, dando o seu melhor. E ao final do jogo sempre somos muito amigos".

O técnico Orlando Blackwood acredita que o jogo será completamente diferente do que foi visto em Verona, na primeira fase, mas tem a certeza de que seu time pode sair de novo vencedor contra os bicampeões mundiais. "Não será parecido com aquela partida porque agora é uma disputa de medalha de ouro. Estamos preparados para o duelo, assim como estávamos naquele jogo".

A Seleção Brasileira pode ter um desfalque importante para o duelo decisivo contra Cuba. O levantador titular Bruninho saiu de quadra mancando, com uma lesão no tornozelo esquerdo e é dúvida para o jogo deste domingo, a partir das 16h15 (horário de Brasília). "Meu tornozelo está doendo. No raio-X não deu nenhum tipo de fratura óssea, isso seria o pior. Ainda não vi o lance. Estou com gelo e o aparelho de fisioterapia sem parar. Tenho certeza que vai dar tudo certo. Farei o possível e o impossível para ajudar", disse Bruninho, via Twitter, ontem à noite.


PORTAL TERRA !!!!

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