Nos anos 50, a cidade de Duque de Caxias
teve uma participação efetiva no carnaval carioca, com a escola de samba Cartolinhas de Caxias. Esta agremiação participou do grupo de elite das escolas cariocas três
vezes (1951, 1958 e 1959), participando
posteriormente, com frequência, dos grupos intermediários e sendo respeitada
pelo mundo do samba. O último desfile da Cartolinhas foi em 1971, quando com o intuito de fundar uma grande agremiação que representasse
dignamente o município, os dirigentes das escolas União do Centenário, Cartolinhas de Caxias, Capricho do
Centenário e Unidos
da Vila São Luís unem-se e de sua fusão é fundada a GRES Grande Rio em 10 de maio de 1971.
Finalmente, em 1988, a Grande Rio fundiu-se à Acadêmicos de Caxias, dando origem à atual Acadêmicos do Grande Rio. Na sua estreia,
em 1989, a escola já subiu de grupo, com o enredo "O mito sagrado de
ifé" passando para o Grupo de Acesso A.
A exaltação à região amazônica
tem sido recorrente nos seus desfiles, inspirando os enredos de 1995, 1997, 2006, 2008.
Das grandes escolas que
desfilam na cidade do Rio de Janeiro, a Grande Rio é a única que ainda não
conquistou um título.
Em 1990, com o enredo sobre a cidade do Rio de Janeiro, a escola novamente obteve a 2ª posição, garantindo o direito de subir
para o Grupo Especial. O enredo contava a história da cidade do Rio de Janeiro,
com suas belezas naturais e o estilo de vida do carioca. A comissão de frente,
formada por homens, estava trajada com elegância, com figurinos que faziam
referência aos escudos e brasões portugueses. O luxuoso abre-alas, seguido por
4 tripés com representações da cruz de malta, antecedeu as alas alusivas aos
índios tamoios e ao fundador Estácio de Sá, que também serviu de inspiração
para o figurino da bateria. Participaram do desfile os artistas, dentre outros,
Vera Gimenez, Raul Gazolla e Marilu Bueno.
Em 1991, a Grande Rio fez sua estreia no grupo especial com um enredo que
falava da criação da vida, dos conflitos humanos e terminava com uma mensagem
de paz e otimismo. O lema da escola era: “rejeitamos o caos, temos livre
arbítrio e queremos brindar a vida”. O antes, era o paraíso, com destaque para
o abre-alas, que representava o jardim do Éden, com
destaques femininos circundadas por serpentes, antecedido de um feto dentro do
globo terrestre. O durante era a evolução e a destruição, cujo destaque foi
Sônia Lima no carro do gafanhoto, que representava a máquina da destruição. O
depois foi a busca de um novo caminho, cujo destaque foi o carro da queda do
muro de Berlim. Apesar do belo visual, a escola teve sérios problemas em
evolução, com visíveis buracos entre as alas e a aceleração dos componentes.
Assim, a escola chegou na 16ª colocação, e voltou para o Grupo de Acesso A,
apesar de contar com nomes como o intérprete Dominguinhos do
Estácio e o diretor de bateria Mestre Paulão (consagrado na União da Ilha).Participaram do desfile os artistas, dentre outros, Carla Marins, Lu Mendonça, Solange Couto, Alexandre
Lipiani, Sônia Lima, Wolf
Maia, Sandra Barsotti, Leiloca e Wagner Montes
Em 1992, reconquistou o direito de competir no desfile principal, sendo a
campeã do Acesso, com o enredo "Águas Claras para um Rei Negro".
A escola se destacou pelo belo samba, cujo refrão era muito parecido com o
samba campeão da Mocidade em 1991. O enredo era baseado na mitologia
afro-brasileira.Participaram do desfile os artistas, dentre outros, Baby Consuelo, e José Reinaldo.
Na volta ao Especial, em 1993, a Grande Rio parecia que estava "No Mundo da Lua",
enredo que abriu a etapa final do Desfile das Escolas do Grupo Especial,
desenvolvido por Alexandre Louzada, que gastou US$ 500 mil para desenvolver o tema. Com um bom samba
enredo que resultou da criticada fusão de três outros sambas, assinado pelo
total de dez autores, os 5 mil componentes da escola misturaram astrologia e
lendas nativas para cantar, ao desenrolar de 52 alas, as fábulas da lua. Na voz
de Nêgo, o samba tornou-se um hino
para os caxienses, que o cantam sempre no "esquenta" da escola.
Participaram do desfile os artistas, dentre outros, Marinara Costa, Hugo Gross, Leiloca, Mônica Carvalho, Andrea Guerra e Victor Fasano.
Em 1994, a Grande Rio contou a história da umbanda pela visão de Zé Pelintra,
que veio representado na comissão de frente. A escola mostrou a África Cultural
e a África Negra, trazendo belos carros e alegorias, além de artistas e
personalidades que encarnaram as diversas entidades e santos. A escola obteve o
estandarte de ouro de melhor enredo, mas enfrentou problemas com as autoridades
eclesiásticas, tendo inclusive o barracão vistoriado, devido a uma denúncia de
que a escola sairia com imagens sacras. Na Sapucaí, a escola retirou os terços
das baianas, antes de o oficial da 20ª Vara do Rio cumprisse o mandado de
apreensão, por ser um símbolo católico.
Em 1995, a Grande Rio transformou o ciclo da borracha na Amazônia em conto de
fadas, no qual o rei Amazonas, responsável pelo ecossistema mundial de
responsabilidade do Imperador Brasil, vivia tranquilamente com sua filha
Manaus, numa terra rica em borracha, até a vinda da Rainha Inglaterra, que
levou, sem que ninguém soubesse, setenta mil espécies da planta que brotava o
líquido que valia tanto ou mais que ouro, para serem plantadas em seus terrenos
na Malásia. Tal atitude caiu como veneno para a Princesa Manaus, fazendo-a
adormecer num sono profundo durante quase dois séculos, quando o Príncipe da
Tecnologia a beijou, acordando-a para seu futuro. A escola, que até então
trazia um homem como rei da bateria, trouxe Andréa Guerra, a desinibida do
Grajaú, como rainha. O desfile, no entanto, mostrou-se confuso e não agradou.
Por muito pouco, a escola não foi rebaixada.
Em 1996, a Grande Rio teve o desfile prejudicado pelo atraso do barracão. A
escola só passou a ter barracão 36 dias antes do desfile, e boa parte dos 10
carros alegóricos foram retocados na concentração. O enredo era muito complexo
e a escola toda se mobilizou para botar o carnaval na avenida. A carnavalesca Lícia Lacerda, demitida
da Tradição, ajudou na reta final Roberto Szaniecki a colocar o
carnaval da escola na avenida. A receptividade de público foi excelente e o
samba virou antológico para a escola, cujo refrão é conduzido até hoje
("Imponho / Sou Grande Rio…"). Participaram do desfile os artistas,
dentre outros, Regina Duarte, Gabriela Duarte, Raul
Gazolla, Hugo Gross, Mônica carvalho, e Humberto Martins
Em 1997, a Grande Rio apresentou um lindo samba sobre a construção dos 300
quilômetros da Ferrovia Madeira-Mamoré, em Rondônia. Com muito luxo e
criatividade nas alegorias e fantasias, a escola mostrou o delírio dos
trabalhadores que morreram de febre amarela e malária na construção da
ferrovia. No carro “Outros Perigos” uma serpente sobre trilhos de neon causou
impacto. Mestre Maurício, um dos diretores da bateria da Grande Rio, bastante
emocionado, sentindo-se mal no início do desfile e veio a falecer. A escola
encerrou o desfile de forma dramática. Seu último folião atravessou a área que
delimita o fim do Sambódromo a menos de 30 segundos do tempo permitido. Por
pouco, a Grande Rio não estourou o seu tempo, o que acarretaria perda de
pontos.
Em 1998, a Grande Rio veio com um samba muito popular e marcou presença
principalmente pelo seu tema, um dos mais politizados deste ano: o centenário
de nascimento de Luiz Carlos Prestes. A trajetória do líder comunista foi contada em detalhes:
representações de tanques, helicópteros e soldados do Exército soviéticos. A
escola fez uma viagem no tempo para lembrar a Coluna Prestes, sua militância no
PCB, o Partidão, e o poema que foi oferecido a Prestes por Pablo Neruda. A
escola recebeu muitas críticas ao colocar a líder dos sem-terra, Débora Rodrigues, como destaque de um carro alegórico, causando a insatisfação da
família do ex-líder comunista. Com esse desfile, a Grande Rio começou a
despontar como escola popular e dos artistas globais.
Em 1999, Assis Chateaubriand, o grande nome da mídia no Brasil no meio do
século, foi o enredo da escola Grande Rio, que mostrou um carnaval rico e
competitivo. Participaram do desfile os artistas, dentre outros, Luciana Gimenez, Zezé Motta e Danielle Winnitz.
2000: Em 2000, apesar da empolgação e da beleza das fantasias, a Grande Rio teve
problemas para mostrar o espírito festivo presente entre os indígenas que
contagiou os portugueses aqui chegados, reforçada com a chegada dos negros,
fazendo alusão contra a falta de liberdade e as proibições dos colonizadores a
suas manifestações. Na concentração, o iluminador Wellington sofreu traumatismo
craniano ao ser atingido por uma estrutura de ferro que despencou de um dos
carros alegóricos. Logo no início do desfile, o juizado de menores queria
impedir a entrada do abre-alas, por trazer duas crianças como destaque a uma
altura de três metros, acima do permitido pela Liga. Foi preciso reduzir o
tamanho do carro, que tinha três andares. O incidente atrasou a entrada da
escola na avenida e atrapalhou parte da evolução dos componentes. E por último,
o assédio da imprensa ao ator Thiago Lacerda prejudicou
o desfile da escola.
Em 2001, mais uma vez a escola trouxe um bom samba (dessa vez com Quinho ao microfone), e a estrela Joãosinho Trinta no comando para contar a história de José Datrino, um ex-empresário de
Niterói, que se tornou personagem popular no Rio de Janeiro, quando enlouqueceu
em 1961, ao saber do incêndio em um circo em sua cidade, com mais de 500
mortos. Designado como Profeta Gentileza, abandonou
o mundo do dinheiro para pregar a gentileza pelas ruas do Rio, tornando-se,
assim "o profeta", que deixava mensagens de paz e esperança em
pilares da Avenida Brasil. A Secretaria de Segurança Pública proibiu a escola
de utilizar fardas da Polícia Militar nos esquetes sobre a violência que seriam
encenados por 150 atores do grupo Tá na Rua. O grupo distribuiu flores aos
efeitos especiais nos carros alegóricos falando de paz e do novo milênio. A
escola abriu o desfile com um pede passagem que desfilou entre a comissão de
frente e o carro abre-alas, que representava a era espacial, que representava o
terceiro milênio. A tragédia do circo de Niterói foi representada no carro Roma
Pagã. A alegoria bateu uma vez num poste antes da entrada na avenida e outras
duas na mureta que separa a avenida das arquibancadas e teve problemas durante
o desfile. A escola fechou o desfile, já na terça-feira de manhã, com um homem
voador importado dos Estados Unidos. O dublê americano Eric Scott voou sobre a
Sapucaí, com um foguete portátil de US$ 120 mil nas costas. A Grande Rio perdeu
três pontos porque um dos carros, Circo de Roma, quebrou, teve que ser dividido
em dois e, assim, a escola passou com um número de carros (9) maior que o
permitido pelo regulamento (8). Participaram do desfile, dentre outros
artistas, Christiane Torloni e Miguel Falabella.
2002: Em 2002, o sucesso do ano anterior foi tanto que o norte-americano Eric Scott
voltou a sobrevoar a Grande Rio como papagaio voador. O enredo começou em 1612,
quando a esquadra da França preparava a invasão do Maranhão, desembarcando em
São Luís. Os franceses eram louros, de olhos azuis, emplumados e falavam uma
língua que os índios não conheciam. Por isso, foram apelidados de papagaios
amarelos. A escola trouxe chuva de papel laminado picado no abre-alas e um
instrumento típico da festa do Bumba meu boi do Maranhão.
2003: Em 2003, a grande surpresa do carnaval foi o terceiro lugar obtido pela Grande
Rio, que pela primeira vez voltou no sábado das campeãs. A escola versou sobre
a história da mineração no Brasil, com o patrocínio da Companhia do Vale do Rio
Doce. A comissão de frente foi o ponto alto da apresentação da escola. Os 14
integrantes, acrobatas e bailarinos, se apresentaram com os corpos pintados nas
cores cobre, prata, preto e dourado - representando os elementos da terra. Eles
seguiram pela Passarela puxando e escalando esculturas brancas de 6 metros. No
Abre-alas, a figura de Atlas carregando a Terra nas costas, precedido por
enormes estátuas representando o rei Kronos. A alegoria que mostrava um homem
sendo executado na cadeira elétrica causou muita polêmica. A escola teve de
correr para não estourar os 80 minutos, prejudicando o quesito harmonia.
2004: No
carnaval de 2004, por decisão judicial, a
escola teve dois carros censurados, que passaram na avenida cobertos. A escola
abriu o desfile tendo como inspiração a obra O Jardim das Delícias, do pintor renascentista holandês Jeronimus Bosch. Em seguida, os
carros da escola apresentaram imagens do paraíso, com a representação do que
teria sido o primeiro ato sexual. A Grande Rio trouxe ainda alas em homenagem
ao Movimento GLS, um carro falando dos prazeres nas casas noturnas e fantasias
que representavam doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids. O
preservativo foi destaque e esteve presente na fantasia de um dos casais de
mestre-sala e porta-bandeira. A ala das baianas chamou a atenção e foi uma
forma de driblar a censura ao Kama Sutra. As baianas
exibiram imagens do livro reproduzidas em placas aplicadas nas saias dos
vestidos. Depois de fazer uma retrospectiva histórica do uso da camisinha desde
a Idade Média, a Grande Rio encerrou seu desfile fazendo uma homenagem a
Chacrinha, que sempre divulgou o uso do preservativo. João 30 acabou demitido
pela agremiação momentos antes da apuração do resultado.
2005: Em 2005, volta a fazer um bom desfile, com o enredo "Alimentar o corpo e
alma faz bem". Contando com o patrocínio da Nestlé, traz carros bem construídos, um desfile alegre, grande desempenho da
bateria e conquista, assim como em 2003, o terceiro lugar. A Grande Rio
misturou realidade e ficção. A escola levou para a avenida uma legião de atores
da novela Senhora do Destino, que gravou cenas do desfile para recriá-lo como
sendo da fictícia escola Unidos de Vila São
Miguel. O enredo sobre alimentação, patrocinado pela Nestlé, rendeu um desfile
tecnicamente correto, mas sem empolgação. O abre-alas representou Gaia, a mãe
terra. O enredo mostrou a industrialização do alimento; a diversidade culinária
das regiões do país; as festas e as comemorações que têm na comida um dos seus
principais elementos, como Natal, Ano Novo, Dia das Mães, casamentos, Páscoa e
festa junina. A parte mais subjetiva do enredo mostrou a fome de
espiritualidade e de fé, as vertentes que criaram religiões como o cristianismo
e os cultos africanos. Na sequência, a escola apresentou a fome de cultura, com
apresentação dos diversos tipos de arte. O atraso nos desfiles provocado pela
Portela trouxe prejuízos à Grande Rio. A escola tinha entre suas alegorias o
carro dos sentidos, com muito neon, que perdeu um pouco do impacto visual com o
amanhecer.
2006: No
carnaval de 2006, contando a história de
exploração na Amazônia, a Grande Rio conquista o seu
melhor resultado: o vice-campeonato, pois perdeu dois décimos por exceder o
tempo máximo de desfile em 1 minuto (após o empate em número de pontos, a Vila Isabel, venceu por ter melhores notas no quesito de desempate). Com carros
alegóricos luxuosos e ricos em detalhes no batido enredo sobre o Amazonas,
possivelmente um recordista de passagens pela Sapucaí, a Grande Rio perdeu o
título por um minuto. Este foi o tempo que a escola excedeu do máximo que o
regulamento permite. A Comissão de Frente e o abre-alas mostravam dois Amazonas
diferentes: o eldorado sonhado pelos expedicionários e o que eles de fato
encontraram. Os tripés empurrados pelos componentes da comissão eram ocas que,
num segundo momento, se transformavam em ouro. Para que a coreografia da
comissão fosse completa, a escola tinha que andar devagar, e essa foi a técnica
do desfile: o samba cantado em andamento muito lento e os componentes desfilando
lentamente. As ocas indígenas se transformarem em templos incas. O Teatro
Amazonas foi representado num belo cenário quase todo branco, decorado com
flores. Nesta alegoria, borrifadores espirravam um perfume floral, que dominou
a passarela. A Zona Franca de Manaus e sua tecnologia de ponta também foi lembrada. No último carro, vieram
telas com imagens de linhas de produção. A escola teve sorte e recebeu três notas
10 no quesito Evolução, apesar da correria dos componentes para compensar o
atraso.
2007: Em 2007, a escola homenageou a sua cidade, Duque de Caxias, enredo
assinado pelo carnavalesco Roberto Szaniecki (que já
assinou os carnavais de 1996, 2005 e 2006 da escola). Mais
uma vez, a escola conquistou o vice-campeonato. A escola inovou: montou um
estúdio na avenida para desenvolver esse trabalho, monitorando o desfile com
recursos tecnológicos, com apoio de um laptop e de três câmeras espalhadas pela
avenida. A comissão de frente, fantasiada de formigas, retratava a cultura da
laranja, uma das principais atividades econômicas de Caxias, representando um
grande exemplo de colaboração mútua para o crescimento da cidade. No abre-alas,
uma produtiva lavoura da região, que é a maior exportadora de laranjas. O carro
da locomotiva estilizada, com aspecto de uma espiga de milho, com diversos
produtos cultivados pelo homem, exalava aroma de laranja através de um spray.
Para falar da Fábrica Nacional de Motores (FNM) na produção de motores de
aviões para fins militares, que implantou suas bases em Xerém, o terceiro carro trouxe a escultura de uma cabeça de operário. Grazi Massafera fez sua
estreia como rainha de bateria, comandada por mestre Odilon, que veio
de Duque de Caxias. Outro destaque da escola foram as 110 baianas, em
referência às festa populares da Baixada Fluminense, como a Folia de Reis e a Festa Junina,
representaram um arraial ao trazer balões coloridos de festa junina na roupa. A
fé do povo da cidade foi representada no quarto setor, com referências ao
catolicismo, candomblé e às religiões evangélicas. Um dos personagens
homenageados pela escola foi o político Tenório Cavalcanti, conhecido como
Homem da Capa Preta e representado pelo ator José Wilker, que
carrega a metralhadora Lurdinha, um justiceiro da região que inspirou o
cineasta Sérgio Rezende. Suzana Vieira ficou
ausente do desfile por ter se desentendido com o presidente de honra da escola.
Para fechar o seu desfile, no oitavo carro, a Grande Rio homenageou Zeca Pagodinho, morador de
Xerém, além do diretor de carnaval da escola, Milton Perácio, um dos
fundadores da agremiação. O abre-alas da Grande Rio pegou fogo na dispersão.
2008: animada
após dois vice-campeonatos, a escola de Caxias veio com todo o gás para tentar
o inédito campeonato. O enredo versava sobre a importância do gás em nosso dia a dia, homenageando a cidade de Coari, no Amazonas. A Grande Rio pegou o exemplo
ecologicamente correto da Refinaria de
Urucu, localizada no município amazonense, para falar sobre o gás natural. O
início do desfile, que retratou o nascimento da vida no universo, foi marcado
por um espetáculo circense de malabarismos, desde a comissão de frente, que
trouxe um tripé em forma de átomo, até o abre-alas, representativo da grande
explosão, que originou a formação dos gases e átomos. A alegoria, toda em
verde, branco e preto, causou bastante impacto. Na sequência, a escola mostrou
a era dos dinossauros, cujos vestígios fósseis se transformaram em petróleo e
gás. A partir daí, o enredo enfocou as civilizações persas, chinesas e
japonesas, que descobriram as primeiras utilizações do gás e a cidade do Rio de Janeiro, primeira da América Latina a receber
gás encanado. Grandes botijões de gás remetiam ao uso do gás na vida diária das
pessoas. Lendas indígenas, dentre elas a da tribo arauetés, foram representadas
nas esculturas de onças e de uma cobra que soltava gases pelas narinas. A
escola fechou o seu desfile com a projeção da cidade de Coari no futuro. Essa
alegoria, composta por três partes, desacoplou-se na Avenida. Com isso, a
escola foi penalizada em 0,1. A bateria do mestre Odilon, composta por 264
ritmistas fantasiados de acendedores de lampiões, foi o destaque do desfile,
que marcou também a despedida de Wander Pires, que se
atrasou para o desfile e foi dispensado pela escola logo após o resultado do
carnaval, que a colocou na 3º colocação.
2009: Para o
carnaval de 2009, com o enredo "Voila,
Caxias! Pra sempre Liberté, egalité, fraternité, merci beaucoup, Brésil! Não
tem de quê!", enredo assinado pelo carnavalesco Cahê Rodrigues a escola
contou a história da França com seus costumes. A comissão de frente representou
o Rei Luís XIV, o rei sol. O primeiro casal
de mestre-sala e porta-bandeira representou as joias da realeza, com nove mil
lâmpadas na fantasia. Com muitos espelhos, luxo e ostentação, o abre-alas de
50m de comprimento e dois carros acoplados retratou o Palácio de Versalles. A visão de Jean de Lery sobre o
Brasil mostrou marinheiros em caravelas observando em lunetas, a fauna e flora
brasileira e índios. O carro da Revolução Francesa, com a atriz Christiane Torloni segurando uma bandeira da França. fez
referência ao famoso quadro "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugène Delacroix. As alegorias representavam bem o enredo, como a do Moulin Rouge,que trouxe
bailarinas oficiais daquela casa de espetáculos. A Missão Artística Francesa e
seus arquitetos, pintores, escultores também foram destaque, assim como o Rio
de Janeiro do século XIX, que respirava Paris através de recantos como a Rua do Ouvidor, cafés e o Teatro Municipal. Santos Dumont, o
"pai da aviação", no desfile representou o "voo da
evolução" francesa. A Torre Eifel foi
representada com diversos efeitos especiais e detalhes high tech e espelhos, em
referência à moda, as tecnologias de ponta, arquiteturas arrojadas, os avanços
na medicina, contribuição tecnológica para a humanidade. A alegoria
representativa da união entre França e Brasil através do carnaval encerou o
desfile com destaque para o carnaval de Nice e a mistura de personagens do carnaval carioca com personagens da folia
francesa. Paola Oliveira fez sua
estreia como rainha de bateria, comandada por mestre Odilon, e trouxe de volta Wantuir, agora como voz oficial, porém a escola terminou 5º colocação.
Em 2010 a escola trouxe o enredo "Das arquibancadas ao camarote número
1, um Grande Rio de emoção, na apoteose do seu coração", e fez um
passeio pelos principais desfiles ocorridos nos 25 anos do Sambódromo. A escola
manteve Wantuir na equipe de intérpretes,
além da estreia de Mestre Ciça à frente da
bateria. A comissão de frente trouxe componentes com roupas espelhadas,
vestidos de terno e chapéu, como os típicos malandros cariocas e Cris Viana
como cabrocha em meio a manequins vestidas da mesma forma que ela, sugerindo
uma "brincadeira" com o público e os jurados que deveriam descobrir
quem era a mulata verdadeira. Os carnavalescos foram reverenciados no terceiro
setor, como Fernando Pinto, Arlindo Rodrigues, Rosa Magalhães, Milton Cunha, Renato Lage, Max
Lopes, Paulo Barros e Joãosinho Trinta que veio na terceira alegoria como o "rei da folia". O carro
era um grande lixo com três ratazanas gigantes na frente e um Grande urubu que
sobrevoava a montanha de lixo. Havia 120 pessoas vestidas de ratos escondidas
que apareciam durante o desfile. A parte de trás desse carro representava o
luxo que aludiu ao inesquecível carnaval de 1988 que o carnavalesco desenvolveu
na Beija- Flor Ratos e urubus larguem a minha fantasia. A ala de baianas vinha em seguida como uma extensão do carro. As
senhoras de Caxias vestiam uma fantasia que causou grande impacto visual, pois
pareciam vestir o próprio lixo. Os artistas dos bastidores da festa também
foram homenageados em algumas alas como: o pessoal da força, os marceneiros, os
trabalhadores do barracão e etc. O 4º carro veio com os símbolos de todas as
escolas do grupo especial daquele ano, além da árvore do desfile da Mangueira
que homenageou Caymmi em 1986, o garoto do vídeo game da Mocidade e uma
representação do pensamento dos carnavalescos quando estão em fase de criação.
A Grande Rio também fez referência ao desfile de 1992 da Viradouro reproduzindo
o carro que pegou fogo em plena Avenida, um dos maiores acidentes registrados
no espetáculo até hoje. A bateria foi outro ponto de destaque do desfile. Os
componentes foram fantasiados de gari e com bossas que sacudiram o público presente. Paola Oliveira fez a sua
despedida de rainha com uma apresentação espetacular a frente dos ritimistas. A
Escola de Caxias repetiu a sua melhor colocação, pela terceira vez, ficando em
2º lugar.
Em 2011 a escola apresentará o enredo "Y-Jurerê Mirim - A Encantadora Ilha
das Bruxas (Um conto de Cascaes)", sobre a cidade de Florianópolis.
No dia 7 de fevereiro de 2011,
um incêndio atingiu a Cidade do Samba. Três
escolas de samba foram atingidas, sendo a Grande Rio a principal afetada.
Exatamente às 09h53 o teto do barracão da escola desabou. A Grande Rio perdeu
todas as 4 mil fantasias e as oito alegorias, totalizando um prejuízo de 10
milhões de reais. A escola fez um desfile de superação, Um dos mais Belos e
emocionantes Desfiles da Grande Rio, mostrando o verdadeiro valor da palavra
Trabalho em equipe, com 8 alegorias, fantasias simples e bem acabadas, com uma
comissão de Frente comandada pelo coreógrafo Renato Vieira bonita e bem coreografada, a Equipe de Criação da Grande Rio fez um
excelente trabalho,proporcionando ao Carnavalesco Cahê Rodrigues e LUcas PInto
emplacar na escola um enredo autoral falando da SUPERAÇÃO DA HUMANIDADE. A Marques de
Sapucaí no ano de 2011 viu a Verdadeira Superação de uma Escola que perdeu
tudo, tudo mesmo no que se refere a sua história, mas passou a escrever uma
nova história no dia 7 de março de 2011.
Para 2012,a escola retratará
na Sapucaí o enredo: "Eu acredito em você, E você?, falando sobre a
superação. A escola pretende, com o enredo, homenagear o cantor Herbert Vianna, a atriz Cissa Guimarães, o promoter
David Brazil, o craque Ronaldo, o esportista Lars Grael e o
ex-presidente Lula
FONTE: Wikipédia
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