"PODE SE AFASTAR DE TUDO,
MAS DE DEUS, JAMAIS !"
A verdade, a justiça, a razão, pertencem a Deus, a perfeição em tudo é somente Dele. Tudo o que existe no Universo foi previsto por Ele.
Deus, na sua infinita inteligência, nos criou com toda essa percepção e para nós, torna-se difícil interpretar a justiça na sua integridade, por não temos como exercitá-la em sua complexidade. Com a razão que possuímos, torna-se difícil de se aplicar um critério absoluto, uma vez que não temos como fazê-lo, com nossa perfeição relativa.
Como sabemos da impossibilidade de decisões cabais a esses assuntos, não devemos nos considerar impotentes perante as impossibilidades e sim pedir inspirações ao Criador, para que nossa mente possa fluir da forma mais acessível possível.
Um ser humano que acredita ser dono da verdade, achando-se perfeito no que faz, deve se preocupar desde já, pois se encontra fora de sintonia com a realidade e totalmente avariado em sua interpretação humana, uma vez que a justiça terrena é aplicada como ponto de igualdade entre a causa e o efeito, não abrangendo totalmente todos os valores que deveriam ser considerados, uma vez que isso somente pode ocorrer nos planos celestiais. Aqui entre os mortais, pelas nossas leis surgidas através de nossas inspirações e sensibilidade, apenas retratamos o que fomos capazes de absorver nesse campo complexo, que também nos foi dado por Deus, que é a nossa ética e a nossa moral.
Se a espécie humana foi projetada com uma serie de fatores sensíveis e inspirações, fica mais do que claro que estamos dentro de um quebra-cabeças muito complexo, que também é alimentado pela nossa inteligência, que por sua vez é observada pela nossa ética, que sem ela valeria tudo e o mundo estaria perdido.
Com esses pensamentos sobre equilíbrio, não podemos admitir erros nas esferas universais, uma vez que Deus, em seu campo de observação, deu livre-arbítrio aos seus ocupantes, para seguirem o seu caminho, mas sempre nos observando e corrigindo de acordo com nossas falhas a todo instante, como um polimento ao que se encontra ofuscado pelo pó e pela sujeira.
O maior erro que cometeria um ser humano, seria afirmar que foi feita a justiça em sua total plenitude, uma vez que essa afirmativa já seria uma falta de interpretação e muita presunção ao que lhe é desconhecido.
Não devemos nos magoar pelo nosso desconhecimento com relação à perfeição, pela razão mais simples: nós fazemos parte de um imenso cenário de pessoas que trabalham em prol de um seguimento sadio, embora existam os mais diversos entraves, que são justamente os alienados de sabedoria e sensibilidade, que nos dão muito trabalho pela sua ignorância a respeito de tudo, devido aos seus desajustes.
Se o espaço sideral esta à nossa frente com toda a sua organização e sua grandeza, não tendo como conferi-lo com todas regras sinncronizadas existentes, sabendo-se que ali se encontra o nosso maior exemplo do que é perfeição e ausência de erros, nesse caso sim, podemos afirmar com toda certeza: Deus existe e Ele se encontra presente em todo esse espaço, cuja dimensão nossas regras não podem conferir, mesmo com todo o avanço tecnológico que conhecemos.
Como admitimos a exatidão em tudo o que se encontra no Universo, fica mais fácil imagiinar a perfeição de Deus em todos os detalhes. A justiça seria um desses itens. Como saber de sua atuação sobre nós? Muito simples, basta desejar algo errado, imediatamente nosso sensor acusaria o erro e somente cometeríamos um erro se contrariássemos nossos princípios de ética e de moral, esse sentido que nos revela a justiça do Criador em tudo, até em nossas ações, sendo esse o elo maior entre o homem e seu Criador. Admitir a ausência de Deus no que é perfeito, seria como admitir a ausência de Deus em nossas vidas. Se sentimos a sua presença em tudo que o fazemos, sua atuação sobre nós em todos os nossos atos, não há como admitir que tudo seja obra do acaso. Se assim fosse, o que seria da ética, da moral, da razão, e por fim, da justiça?
Quem mais além de Deus para dotar o homem desses sentidos evolutivos no rumo da verdade, sendo Ele toda a verdade que conhecemos através de tudo o que nos foi dado a conhecer, para nos inteirarmos melhor e nos voltarmos para dentro de nos mesmos, analisando quem somos e o porque de tanta complexidade, se numa simples distância dos nossos olhos deixamos de existir materialmente?
Todo homem de bom senso num determinado momento, pode se afastar de muitos detalhes, mas de Deus jamais, pela própria impossibilidade de assim pensar.
Haraldo Saletti - Jornal Espírita
FONTE: http://www.comunidadeespirita.com.br/
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